Suíça registra aumento no número de casos de Covid-19 e recebe críticas da União Europeia

Suiça controlou a pandemia, mas médicos afirmam ser prematuras a flexibilização das regras que previnem contágio
Foto: Frame retirado do Jornal Nacional

As autoridades suíças estão sendo criticadas por terem flexibilizado o isolamento preventivo ligado a pandemia do novo coronavírus. O país assiste um aumento no número de novos casos de Covid-19 e os responsáveis científicos defendem que o fim da quarentena é precipitado.

Ao contrário de seus vizinhos, a Suíça nunca instaurou um confinamento generalizado, mesmo se algumas medidas preventivas haviam sido implementadas. No entanto, na sexta-feira (19), o governo anunciou uma quarta fase de flexibilização das restrições em vigor.

A partir de agora, já estão autorizados eventos que reúnem até mil pessoas. O toque de recolher, que impunha o fechamento de bares e casas noturna a meia-noite, também foi suspenso. Até agora, os frequentadores desses estabelecimentos noturnos tinham que permanecer sentados – o que impedia, por exemplo, o funcionamento das danceterias. Mas essa obrigação também foi abolida.

Egger também defendeu o uso de máscaras de proteção nos transportes e em outros locais onde o distanciamento físico não seria possível. “Com a flexibilização das regras, chegaremos a um ponto onde teremos o adotar o uso desse acessório em grande escala”, martelou.

Os suíços foram relativamente poupados pelo novo coronavírus, apesar de sua proximidade com a Itália, que foi o epicentro da pandemia na Europa. A Suíça, como seus 8,5 milhões de habitantes, registrou cerca de 31 mil casos confirmados de Covid-19 e 1.679 mortes, segundo os balanços mais recentes.

Como em todos os países europeus, as autoridades temem uma possível segunda onda de contaminação, após terem conseguido interromper o ritmo de propagação do vírus.

RFI