OMS vai enviar cientistas à China para estudar a origem do coronavírus Sars-Cov-2
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta terça-feira (7) que enviará uma equipe de especialistas à China para investigar as origens do coronavírus Sars-Cov-2.
O diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus disse em entrevista coletiva que os cientistas da agência viajarão ao país que primeiro registrou um surto da doença “no primeiro voo disponível”.
Segundo a entidade, há 11,4 milhões de casos confirmados de Covid-19 em todo o mundo e mais de 535 mil mortes pela doença. Ainda assim, a agência de saúde da ONU reforçou que o surto está se acelerando e que o pico da pandemia não foi atingido.
“Embora o número de mortes pareça ter se estabilizado globalmente, na realidade alguns países fizeram progressos significativos na redução do número de mortes, enquanto em outros países as mortes ainda estão aumentando”, disse o diretor-geral.
Do morcego ao pangolim
Pesquisas anteriores já traçaram que os genomas do Sars-Cov-2 e os que circulam no morcego são 96% idênticos.
O vírus do morcego não é, porém, capaz de se fixar em humanos receptores e, sem dúvida, precisa passar por outra espécie para se adaptar ao homem, o que é chamado de “hospedeiro intermediário”.
Uma das possibilidades investigadas pelos cientistas é a de que os morcegos são o reservatório do vírus, que se espalhou de morcegos para humanos através do tráfego ilegal de pangolins.
O pangolim, um pequeno mamífero conhecido por suas escamas e ameaçado de extinção, pode ter tido um papel intermediário na transmissão ao homem do novo coronavírus. A afirmação é de pesquisadores da Universidade de Agricultura do Sul da China. Eles identificaram o pangolim como um possível “hospedeiro intermediário” que facilitou a transmissão do vírus.
No início do ano, um estudo da Universidade de Pequim e da Universidade de Bioengenharia de Wuhan disse que novo coronavírus pode ter vindo de cobras, animais silvestres que são reservatório do vírus. Os primeiros pacientes infectados pelo coronavírus tiveram contato com carne de animais silvestres vendida no mercado de frutos do mar da cidade de Wuhan.
G1/Bem Estar