Governo do Paraná assina contrato com a Rússia para desenvolver vacina contra Covid-19
O Paraná e a Rússia assinaram um documento para o desenvolvimento da vacina contra o coronavírus Sputnik V na tarde desta quarta-feira (12).
De acordo com a assessoria do Governo do Paraná, com esse memorando de entendimento, no futuro, os dois governos poderão, talvez, trabalhar juntos no desenvolvimento dos testes, e quem sabe, na produção da vacina.
Os termos gerais do acordo foram firmados durante uma reunião por videoconferência com o governador Ratinho Júnior (PSD), representantes do governo do Paraná, Ministério da Saúde e embaixada da Rússia.
A partir de agora, será criado um grupo de trabalho para que a Rússia compartilhe com o Governo do Paraná e com o governo federal os resultados das fases um e dois dos estudos da vacina. A previsão é de que a fase número três – quando um número maior de pessoas recebem a vacina – ocorra no estado.
Segundo o Governo do Paraná, o próximo passo será negociar a transferência da tecnologia para a produção e distribuição.
O governo não descarta a possibilidade de importar a vacina russa e não produzi-la, caso a eficácia não seja comprovada.
O pedido de análise ou de autorização de pesquisas ou testes ainda não foi feito à Anvisa.
Registro internacional
A Sputnik V foi anunciada como a primeira vacina contra a Covid-19 registrada no mundo pelo o presidente russo, Vladimir Putin, na terça-feira (11).
A vacina russa é questionada pela comunidade internacional porque se sabe pouco sobre sua eficácia. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que sejam realizadas três etapas de testes.
O governo russo informou que realizou as duas primeiras etapas de testes e que começará a testá-la em humanos em breve. Nesta quarta-feira, o primeiro lote dessa vacina estará pronto em duas semanas e as doses serão aplicadas em médicos do país. O governo também disse que as críticas ou preocupações internacionais não têm fundamento.
Desenvolvimento no Paraná
A pesquisa e demais etapas no Paraná serão de responsabilidade do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), desde que ocorra a liberação da Anvisa.
Guto Silva afirma que os russos estão otimistas e acreditam que no grau de assertividade da vacina. A partir de agora, um grupo de trabalho que será composto por técnicos do Tecpar, dos governos estadual e federal e da Anvisa vão trabalhar juntos para habilitar a pesquisa.
Na terça-feira (11), o presidente do Tecpar, Jorge Callado, ressaltou que a previsão, mais conservadora, para a distribuição de doses no Brasil ocorre somente no segundo semestre de 2021.
“Antes da liberação, não há possibilidade de colocar nada em prática. Reitero que a prudência e a segurança são palavras-chave nesse processo”, declarou o presidente do Tecpar.
G1