Empresa chinesa cancela venda de 600 respiradores contratados para a Bahia e o Ceará

Respirador que viria para o Nordeste. Foto: Divulgação

A compra de 600 respiradores artificiais pelo Consórcio Nordeste, grupo que reúne os nove governadores da região Nordeste do país, foi cancelada pela empresa chinesa que produz o equipamento. O material seria distribuído entre a Bahia, que receberia 400 unidades, e o Ceará, que ficaria com os outros 200, segundo informações da assessoria de comunicação do governo baiano. O valor do contrato era de R$ 42 milhões.

A assessoria do Consórcio Nordeste informou que a carga ficou retida no aeroporto de Miami, nos Estados Unidos.

“A operação de compra dos respiradores foi cancelada unilateralmente pelo vendedor. Nesse momento, estamos buscando novos fornecedores”, informou a assessoria da Casa Civil do governo baiano. Segundo o órgão, a empresa não deu explicações sobre o motivo do cancelamento.

Na última quarta-feira (1º), o governador da Bahia, Rui Costa (PT), queixou-se do comportamento de alguns fornecedores de insumos para o combate ao coronavírus durante uma live. “Não temos ainda todos os equipamentos. Compramos, mas algumas compras foram canceladas pelo fornecedor, outras adiadas e outras com data marcada”, afirmou.

Ministro também criticou fornecedores

Na quarta-feira, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta também afirmou que a concorrência com outros países fez com que fornecedores de equipamentos na China cancelassem contratos de venda de equipamentos médicos, incluindo máscaras e respiradores.

O ministério tinha a previsão de distribuir 200 milhões de equipamentos de proteção, mas a entrega foi cancelada pelos fornecedores chineses. Mandetta afirmou que há países que cobrem ofertas para levar a produção já contratada por outros.

“Hoje os Estados Unidos mandaram 23 aviões cargueiros para a China para levar o material que eles adquiriram. As nossas compras, que nós tínhamos expectativa de concretizá-las para poder fazer o abastecimento, muitas caíram”, disse o ministro.

G1