Dois laboratórios farmacêuticos iniciam testes em humanos com vacina para Covid-19
A corrida para encontrar tratamentos bem-sucedidos com o uso de anticorpos (como vacinas e medicações) contra a Covid-19 esquentou ainda mais com o anúncio nesta segunda-feira de que a GlaxoSmithKline e a Vir Biotechnology iniciaram testes em humanos para avaliar a possibilidade de uma nova imunização, que, caso dê certo, estaria disponível já no primeiro semestre do próximo ano.
As farmacêuticas disseram que esta medicação, também intravenosa e de dose única, será voltada para o tratamento de pessoas em alto risco recentemente diagnosticados. A ideia é que seu uso amenize os sintomas, diminuindo os índices de hospitalização. Neste caso, o anticorpo é projetado não apenas para bloquear as células invasoras do vírus, mas também para recrutar células do sistema imunológico e matar as células já infectadas. Os testes envolverão 1.300 pacientes.
Glaxo e Vir estão entre os vários fabricantes de medicamentos e vacinas que buscam soluções não apenas para prevenir, mas também combater ou até mesmo amenizar os sintomas mais graves da Covid-19. Esses tratamentos podem fornecer uma solução de curto prazo antes que uma vacina preventiva de larga escala se torne disponível.
A AstraZeneca também disse na semana passada que iniciou testes em humanos para uma combinação de dois anticorpos para tratamento da doença. Os primeiros dados dos testes com anticorpos da Regeneron Pharmaceuticals devem ser divulgados ainda em setembro. A Eli Lilly & Co. iniciou os testes do estágio final de seu medicamento em lares de idosos dos EUA este mês.
Um tratamento bem-sucedido poderia contornar a necessidade de o corpo produzir seus próprios anticorpos, o que é especialmente importante na ausência de uma vacina eficaz, disse Hal Barron, chefe de pesquisa da Glaxo. As duas empresas também planejam novos estudos focados na prevenção de infecções e em tratar pacientes hospitalizados com doenças mais graves.
A Glaxo e a Vir, que assinaram um pacto de U$ 250 milhões em abril.
O Globo