Cientistas americanos dizem que coronavírus sofreu mutação mínima: vacina terá eficácia

Células sendo agredidas por coronavírus
Foto: NIAID-RML

Analisando o genoma do Sars-CoV-2 em mais de 27 mil indivíduos com Covid-19, cientistas do Instituto de Pesquisa Walter Reed Army, nos Estados Unidos, concluíram que o novo coronavírus sofreu mutações mínimas desde dezembro de 2019. Segundo um artigo publicado pela equipe no Proceedings of the National Academy of Sciences na segunda-feira (31), isso sugere que apenas uma vacina seria suficiente para combater a pandemia.

Para caracterizar as variações do microrganismo, os cientistas analisaram 18.514 genomas do vírus que afetaram pacientes em 84 países. De acordo com eles, as análises revelam poucas variações genéticas do Sars-CoV-2 e essas diferenças ocorreram de forma aleatória.

Os cientistas também ressaltam que uma das mutações, a D614G, que se deu na proteína spike (espícula) do novo coronavírus, não pode ser vinculada a forças adaptativas específicas. Dessa forma, eles sugerem que mais estudos sobre essa variação precisam ser conduzidos para que os pesquisadores possam compreender as consequências dessa alteração.

“A diversidade viral desafiou os esforços de desenvolvimento de vacinas para outros vírus, como HIV, influenza e dengue, mas as amostras globais mostram que o Sars-CoV-2 é menos diverso do que esses microrganismos”, disse Morgane Rolland, líder do estudo, em comunicado. “Podemos, portanto, ser cautelosamente otimistas de que a diversidade viral não deve ser um obstáculo para o desenvolvimento de uma vacina amplamente protetora contra a Covid-19.”

Revista Galileu