Ministério da Saúde revela que apenas 10% das gestantes tomaram vacina contra Covid

Número de gestantes vacinadas é considerado baixo. Foto: Reprodução Internet

No Brasil, 325.344 grávidas tomaram a vacina contra o coronavírus até esta quinta-feira, 24, o que representa apenas 10,8% do total de 3 milhões de gestantes previstas no Programa Nacional de Imunização. Destas, 315.642 (10,5%) receberam a primeira dose e 9.702 (3,2%) estão imunizadas também com a segunda dose. Os números foram calculados por CRESCER a partir de estimativas do Programa Nacional de Imunização e dados do Localiza SUS.

Os dados do Ministério da Saúde mostram que ainda são poucas as mães com menos riscos de contrair a covid-19. A baixa adesão das grávidas ou puérperas – que tiveram bebê a menos de 45 dias – preocupa obstetras em todo o país.

“Monitoramos as redes sociais com frequência e nossos associados recebem, diariamente, centenas de mensagens por whatsapp/e-mail. As manifestações de grávidas e puérperas evidenciam pavor e angústia. Fica claro que são alvo de campanha de contrainformação, via fake news, de grupos contrários à imunização”, explica a presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (Sogesp), Rossana Pulcineli.

Além das fake news, que promovem os mais diversos tipos de mentira contra os imunizantes, a suspensão da vacina Astrazeneca para este grupo de mulheres no Brasil aumentou a desconfiança de várias delas, que decidiram não se imunizar.

Os riscos da covid durante a gestação, porém, são bem maiores. Estudos e organizações do mundo todo garantem que os imunizantes são seguros para as grávidas e seus bebês, sendo raros os possíveis casos de reações graves.

“Eu estava com 34 semanas quanto tomei a vacina. Não tive reação alguma, nem dor no braço. Foi muito tranquilo”, conta Ana Paula Bonin Maoski, mãe de Theo, de apenas 18 dias. “Li muitos comentários nas redes sociais, mas procurei informações confiáveis sobre a vacinação nas gestantes. E escutei meu obstetra, que me disse para tomar tranquilamente.”

Para Ana Paula, as gestantes precisam aproveitar a oportunidade e tomar a vacina. “A sensação de estar um pouco mais protegida e, consequentemente, protegendo seu filho é emocionante demais. Chorei quando recebi a vacina, por saber que tantas pessoas haviam morrido e não tiveram essa oportunidade. Os cuidados com relação à covid permanecem os mesmos, mas a sensação de uma proteção extra para você e para o seu bebê deixam o coração mais aquecido”, garante a puérpera.

Revista Crescer