Duas vacinas! Após a Butanvac, governo federal diz que aguarda Anvisa liberar vacina da USP
No mesmo dia em que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que o Instituto Butantan vai pedir autorização para iniciar os testes clínicos da Butanvac, uma possível nova vacina contra a covid-19, o governo federal também informou que outros imunizantes nacionais estão em estágio avançado. Segundo o ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, um deles, desenvolvido pela Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (FMRP), aguarda apenas autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para começar a ser testado em humanos.
“O ministério de Ciência e Tecnologia investiu em 15 protocolos, 15 tecnologias diferentes aqui no Brasil”, afirmou. “Três dessas vacinas entraram em pré-testes, já fizeram os testes em animais, e agora estão entrando na fase de testes com voluntários, testes clínicos”, disse o ministro do governo Jair Bolsonaro.
No caso da vacina desenvolvida no interior de São Paulo, segundo Pontes, o pedido de aval da Anvisa para os testes clínicos foi apresentado nesta quinta-feira, 25. Na primeira fase, o novo imunizante deve ser testado em 360 voluntários.
Ele disse ainda que deve levar cerca de três meses para fazer testes da fase 1 e 2 dos testes com humanos e depois há outro cronograma para a fase 3, que vai determinar a eficácia do imunizante. O desenvolvimento é uma estratégia de soberania, na avaliação do ministro. “Vimos as dificuldades que tivemos com importação”, disse.
O ministro afirmou que o anúncio de hoje não teve nenhuma relação com o fato de Doria, adversário político do presidente Jair Bolsonaro, também ter anunciado uma vacina nacional hoje. “Coincidência”, disse Pontes. A entrevista de Pontes e do novo ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga, porém, não estava prevista. A imprensa foi chamada minutos antes.
Estadão