No Reino Unido, combate ao coronavírus em asilos terá recursos na ordem de R$ 4,3 bilhões
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou nesta quarta-feira (13) que gastará 600 milhões de libras (cerca de R$ 4,3 bilhões) para controlar a infecção pelo coronavírus nas casas de repouso do país, admitindo que o número de mortes nessas instalações pela doença é “muito elevado”.
O premier respondeu hoje às perguntas do líder do opositor Partido Trabalhista, Keir Starmer, sobre o número de infecções e mortes registradas nessas instituições devido à pandemia do novo coronavírus.
Esse questionamento ocorreu um dia após de saber que as mortes causadas pelo vírus em asilos na Inglaterra e no País de Gales durante a semana que terminou em 1º de maio representaram 40% de todas relacionadas ao surto.
Especificamente, de acordo com dados divulgados ontem pelo Escritório Nacional de Estatística britânico (ONS, sigla em inglês), durante esses sete dias, das 6.035 mortes por Covid-19, cerca de 2.423 (40% do total) ocorreram nessas residências, em comparação com os 3.214 (53%) ocorreram em hospitais.
Starmer criticou o governo por sua ação “muito lenta para proteger as pessoas nessas residências” e se referiu às declarações oficiais do governo, no dia 12 de março, nas quais foi indicado que era “muito improvável” que os idosos residentes naqueles centros fossem infectados.
Johnson respondeu que seu governo ordenou o confinamento nas referidas instituições antes de tê-lo imposto “em nível geral”.
Ele também destacou que um “grande teste” de detecção de vírus está em andamento, confirmando o novo lote de 600 milhões de libras para “controlar a infecção em casas de repouso”.
Em um tom mais positivo, o líder conservador observou que o número de mortes está sendo “reduzido”, bem como o “número de internações hospitalares” relacionadas ao novo coronavírus.
A partir de hoje, o Reino Unido implementa a flexibilização de algumas das restrições impostas até o momento para conter a disseminação da Covid-19, embora o governo tenha sido acusado de falta de clareza na introdução das novas regras.
Agência EFE